Medo do escuro

Beijos que eram úmidos
Mas repletos de temor
Abraços muito tímidos
E distantes do calor
Mas agora estão ardendo
De paixão e sem pudor

Afasta essa chama
Para longe de minha cama
Tenho medo do que sinto
Perco tudo o que seguro
Pois pressinto
Um mergulho no escuro

O suor de minha fronte
Vem salgar a minha boca
Olhos fixos no horizonte
Mas o vento sopra em popa
E me move adiante

A desejar um êxtase
Do seu corpo inebriante
Que derreta qualquer base
Me perverta em transe
Louco e radiante

Tempestades e temor
O luar e o esplendor
A tênue luz que lhe recorta
Escapa do breu a descoberta
Descortino seu mistério
Mesmo vindo do etéreo

Um perfume inspirador
Um toque sedutor
Um amante nos teus seios
Inspira no poeta os devaneios
Na pele em pele o tremor
Na alma, puro amor

 

Fernando Barone, confia!

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